As fusões na indústria do transporte marítimo de contentores vão abrandar logo após a conclusão da fusão da OOCL com a China COSCO Shipping, refere o World Maritime News com base em dados da consultora Clarksons. Nada que surpreenda alguns analistas e profissionais do sector, como Klaus Lysdal, Vice-presidente para as Vendas & Operações na empresa de agenciamento de carga iContainers, que já tinha previsto esse abrandamento, conforme demos conta neste jornal.
Esta anunciada tendência segue-se a um fenómeno de consolidação no sector que conheceu uma forte aceleração nas últimas duas décadas e mudou bastante o panorama do sector. Em 1998, as 20 principais empresas desta actividade representavam 73% da capacidade instalada em todo o mundo. Hoje, representam 90%. Tal como hoje, a Maersk ocupava o primeiro lugar do ranking, só que então representava 7,2% da capacidade instalada e actualmente representa 19,4%.
Em 1998, o ranking das 20 principais empresas do sector incluía nomes que se tornaram famosos e o das classificadas entre o 21ª e 30º lugares continha nomes ainda hoje conhecidos, como Wan Hai, Crowley, Matson e PIL, e outros igualmente conhecidos que entretanto entraram em processos de fusões, como a Safmarine, a UASC, a Hamburg-Sud, a Delmas e a MISC, recorda a Clarksons. Já a empresa classificada em 20º lugar, a CSAV, representava 1,3% da capacidade instalada. Hoje, essa posição é ocupada pela Quanzhou Ansheng, que detém 0.3% da capacidade total.
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