Apoiadas por industriais do sector, os presidentes de seis regiões costeiras francesas acusam o Governo de ter metas pouco ambiciosas e de conduzir o país para a irrelevância internacional na matéria
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Os presidentes de seis regiões costeiras francesas – Bretanha, Normandia, Nova Aquitânia, Ocitânia, País do Loire e Provença-Alpes-Côte d’Azur – discordam das metas traçadas pelo Governo para a energia eólica offshore, refere o Safety4Sea. Enquanto o Governo de Paris defende um aumento de capacidade energética offshore em França de 2,2 GW até 2030, as seis regiões e representantes do sector defendem metas mais ambiciosas, de 10 GW.

De acordo com a publicação, os presidentes das regiões, que são apoiados na sua posição pela France Energie Eolienne (FEE), a Associação de Energias Renováveis e o cluster marítimo francês, consideram que tomaram as medidas necessárias para apoiar o sector, incluindo investimento e auxílio para a criação de ecossistemas de negócio. E criticaram a solução governativa nesta matéria, considerando que colocará a França fora do panorama internacional da energia eólica.

Segundo afirmam, a indústria francesa do sector já investiu em tecnologias necessárias para gerar altos níveis de competitividade. A FEE diz mesmo que a solução do Governo contraria o propósito do país de contribuir para o desenvolvimento de energias renováveis assumido no quadro do Acordo de Paris sobre alterações climáticas. E antecipa um cenário catastrófico para a energia eólica offshore francesa se a proposta do Governo for avante.



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