Um estudo publicado no dia 13 de Março pela New Economics Foundation (NEF) concluiu que a má gestão das quotas pesqueiras está a eliminar cerca de 102 mil postos de trabalho e 824 milhões de euros em receitas, na área do Atlântico Norte, através da recuperação das populações de peixe ou da redistribuição de quotas para frotas mais ecológicas.
As quotas anuais são geralmente distribuídas segundo critérios históricos de capturas, o que tende a beneficiar frotas de maior dimensão e menos ecológicas, e «não considera a forma como as frotas se comportam do ponto de vista económico, social e ambiental», refere o comunicado da NEF.
«Uma redistribuição de acordo com critérios económicos e ambientais alternativos – desde a criação de postos de trabalho ao consumo de combustível –, juntamente com uma gestão sustentável das pescas, permitiria maiores benefícios económicos», nomeadamente a criação de 14.584 postos de trabalho e evitar a emissão de 624.000 toneladas de carbono por ano, no cenário em que as frotas menos poluentes auferissem de maior quota, ou da criação de 102.000 postos de trabalho, caso uma maior quota fosse atribuída às frotas que asseguram mais postos de trabalho por tonelada de peixe desembarcado.
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