Para tal facto aparentemente algo paradoxal, o mais recente relatório da Drewry apresenta algumas justificações como os constrangimentos financeiros a que os armadores e operadores, apesar de tudo, continuam sujeitos, bem como a maior oferta de oficiais que se tem verificado no período mais recente.
Ainda de acordo com o relatório da Drewry, a falta de confiança no mercado tem mesmo conduzido a que os salários se tenham vindo a manter praticamente invariáveis desde 2009, mesmo com um pequeno decréscimo médio ao longo do último ano, não se prevendo um aumento além de cerca de 1% nos tempos mais próximos.
Em tal enquadramento, outro factor apontado no relatório para a relativa invariabilidade média dos salários respeita à queda no preço do petróleo e uma consequente menor procura de oficiais no sector de offshore, não obstante haver, em sentido inverso, áreas como a do transporte de Gás Liquefeito com uma crescente procura de oficiais com particular experiência e onde os salários médios têm vido a subir um pouco mais e tendem a ser, consequentemente, um pouco mais elevados.
Numa perspectiva a cinco anos, porém, admitindo uma suavização na pressão financeira na gestão das respectivas tripulações, bem como a permanência da tendência de baixa inflação, a Drewry prevê igualmente uma gradual melhoria e aumento dos mesmos.
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