Jorge Moreira da Silva, Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, referiu que quatro mil milhões de euros foram disponibilizados para a área verde, o que também engloba o mar. Jorge Moreira da Silva salientou ainda o papel decisivo do mar, em especial a nível das alterações climáticas.
A segunda sessão da plataforma do crescimento sustentável, para discutir os vários pilares do crescimento verde e melhorar a proposta inicial do Compromisso para o Crescimento Verde do Governo de Portugal, teve como tema o mar. Em discussão estiveram os compromissos para o crescimento verde presentes no documento: oito iniciativas que pretendem combinar a economia azul com o crescimento sustentável.
Uma das iniciativas previstas no enquadramento da Directiva Quadro Estratégia Marinha diz respeito ao estabelecimento de novas áreas marinhas protegidas, medidas através da percentagem de mar classificado como AMP. Todavia, as áreas marinhas protegidas devem ser fáceis de operacionalizar e deve haver maior conhecimento para promover o seu desenvolvimento, e Emanuel Gonçalves propôs que se estabelecessem mais metas para as AMP no âmbito do Compromisso para o Crescimento Verde.
Uma outra aposta neste documento é o transporte marítimo, por ser um modo de transporte de «baixo nível de emissão de carbono», estando o seu desenvolvimento medido no âmbito deste compromisso através do número de movimento nos portos portugueses ou através da percentagem de mercadorias transportadas por via marítima, por exemplo. A Europa pretende apostar cada vez mais no transporte marítimo que precisa de ser sustentável, área fundamental na cadeia de valor da economia do mar na opinião de Tiago Pitta e Cunha, da Ocean Vision.
O mar é hoje um «ambiente degradado» e qualquer esforço aumentará a sustentabilidade da sua utilização, segundo Emanuel Gonçalves do ISPA. Tiago Pitta e Cunha defendeu também que o ambiente é essencialmente economia e, a título de exemplo, explica que a defesa costeira pode ser obtida através de capital natural ou através de tecnologia.
Devido à desvalorização do pescado, a exploração dos recursos piscícolas sofre maior pressão, embora este seja um problema que se possa resolver promovendo soluções como a chamada literacia dos oceanos. A exploração desenfreada de recursos não pode ser o caminho do desenvolvimento económico do futuro.
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