Em vez de coleccionarem animais marinhos começam a coleccionar plásticos. Infelizmente esta é, cada vez mais, uma realidade dos oceanos. E as espécies marinhas sofrem as consequências.
Entre as cinco espécies marinhas mais afectadas, segundo um estudo recente, estão as tartarugas marinhas, o peixe (sendo que mais de 50 espécies come plásticos), as focas (muitas vezes presas nos plásticos), as aves marinhas e as baleias (que têm sido encontradas com mais de 40 quilos de plástico no estômago).
E porque acontece? Porque os animais não são capazes de distinguir o plástico da comida, segundo o estudo levado a cabo por investigadores do National Center for Ecological Analysis and Synthesis (NCEAS) da Universidade da Califórnia, em Santa Barbara.
Ideia que também Filipa Bessa, investigadora do MARE, já tinha concluído ao coleccionar fotografias de plásticos que se parecem efectivamente com comida até ao olho de um ser humano. Coleccção que deu inclusivamente origem a uma exposição sobre microplásticos que ainda está a decorrer no edifício Berlaymont, sede da Comissão Europeia, em Bruxelas.
As fotografias acabaram por ilustrar também o parecer científico desenvolvido pelo Mecanismo de Aconselhamento Científico (SAM, sigla em inglês) da Comissão Europeia, que se debruça sobre “o que sabemos e não sabemos sobre os microplásticos”. A exposição intitula-se Zooplastics.
O grande problema é que se prevê que esta situação, na vez de se reverter, piore – todos os anos 8 milhões de toneladas métricas de toneladas de plásticos acabam nos oceanos. Para 2025 prevê-se que este número seja 25 vezes superior.
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