De acordo com um estudo da agência Bloomberg, «Global LNG Outlook 2018», a procura de gás natural liquefeito (GNL) como combustível do transporte marítimo deverá diminuir a partir deste ano, ao contrário do que se verificou até 2017. A perspectiva é que volte a aumentar, entre 4% e 7%, mas apenas a partir de 2023, refere a Safety4Sea.
Os números demonstram que em 2018 a procura irá descer 7,2% e será a China a liderar a queda, apesar do aumento modesto comparado com 2017. Entre 2019 e 2022 é esperada uma redução grande da procura, com um excesso de oferta inferior ao esperado devido ao atraso em projectos de exportação que estavam previstos, refere o jornal.
Entre 2018 e 2020, espera-se uma contracção do mercado, pelo que alguns compradores devem revender as suas cargas. E por isso, crê-se que um aumento da procura resulte em novos contratos. O relatório estima que o aumento da procura gerador de novos contratos será no máximo de 13 milhões de toneladas métricas por ano em 2022 para 297 milhões de toneladas métricas anuais até 2030.
Quanto à oferta, o relatório da Bloomberg citado pelo jornal considera que as decisões finais de investimento terão que estar tomadas antes de 2020 para que haja uma nova capacidade após 2025, pelo que deverá ocorrer uma dinamização dos contratos em 2020.
A partir de 2019 e até 2022, a Bloomberg espera uma diminuição da procura de GNL, que deverá estabilizar entre as 314 e as 330 milhões de toneladas métricas por ano, com uma recuperação modesta da China, contrabalançada pela retoma de projectos de energia nuclear no Japão, e uma utilização média de centrais para exportação em 81%, o que é melhor do que o esperado.
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