«Estamos aqui, de costas para a Europa, braços erguidos, fitando o Atlântico e saudando abstractamente o infinito», escrevia Fernando Pessoa na sua Ode Triunfal, mas hoje a situação afigura-se exactamente inversa, estarmos «de braços caídos, costas voltadas ao Atlântico, a despedirmo-nos do Mar, fitando a ainda Europa, sim, mas simplesmente já tão somente espera, muito finita e concretamente, dos euros que esperamos vermos a todo o momento chegar»…
Açores


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«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill