Um novo estudo sobre os plásticos, com recurso a um método de estudo baseado em registos de enredamento de equipamento de pesquisa de plâncton e publicado na revista Nature Communications, apresenta 60 anos de dados recolhidos em mais de 6,5 milhões de milhas náuticas do Atlântico Norte, demonstrando um aumento significativo de plásticos de grande dimensão, como bolsas, cordas e redes, entre 1957 e 2016.
As conclusões são de investigadores da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, e da Associação de Biologia Marinha, baseadas em registos de amostras marinhas de rebocadores através do programa Levantamento Contínuo de Registos de Plâncton, que funciona através de pequenas embarcações ou mesmo de porta-contentores, pesquisando a sete metros de profundidades, e a 10/20 nós.
Em particular, o aumento de plásticos tem sido sentido na região do Mar do Norte, com especial incidência nas rotas mais concorridas.
“O uso de navios-de-oportunidade é uma forma eficiente (tanto em custo como em tempo) de cobrir vastas áreas e deve ser ainda mais utilizado para desenvolver estratégias padronizadas e consistentes para monitorizar detritos plásticos nos oceanos”, referiu o professor Richard Thompson, que chefia a Unidade Internacional de Pesquisa de Lixo Marinho da Universidade de Plymouth. “Talvez esta quantidade de lixo marinho não constitua surpresa, no entanto, estas evidências são essenciais para ajudar a informar a uma escala global e obter intervenção política”, conclui.
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