A Associação de Organizações Não-Governamentais das Ilhas do Pacífico (PIANGO) alertou o Governo das Ilhas do Pacífico sobre os riscos da mineração de mar profundo para os ambientes marinhos, segundo o Maritime Executive. “O que estamos a pedir aos nossos Governos é que sejam responsáveis nesta questão e não tomem decisões precipitadas. Tenham uma compreensão clara do que está envolvido”, referiu a Directora Executiva da PIANGO, Emele Duituturaga.
Pelo que a Directora Executiva da PIANGO solicita a proibição da mineração, sustentando a ideia de que está cada vez mais claro que a narrativa de crescimento azul das organizações internacionais inclui a mineração de mar profundo, não tendo estas, no entanto, em conta as ameaças deste procedimento à pesca e à subsistência dos oceanos na região.
Para passar esta mensagem realizaram recentemente um workshop em Tonga, com o objectivo de preparar os países que são membros da Autoridade Internacional do Mar Profundo para o Regulamento da Autoridade sobre Mineração do Fundo Marinho.
Especialmente “nos países das Ilhas do Pacífico, totalmente dependentes do oceano para a sua sobrevivência, os recursos minerais do mar profundo têm o potencial de expandir a sua base de recursos, capacitar e contribuir para o desenvolvimento de sua economia azul sustentável”, referiu Michael Lodge, Secretário-Geral da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos.
Destacou igualmente que a região do Pacífico tem estado na vanguarda do desenvolvimento de uma indústria sustentável de minerais. “Os países da ilha do Pacífico, mais do que qualquer outro, entendem bem que é possível usar os recursos marinhos de forma sustentável, ao mesmo tempo que cumprem as responsabilidades com o meio ambiente marinho”, referiu. “Precisamos transformar o capital natural em capital humano, melhorar as condições de vida e criar um mundo melhor para as gerações futuras”, sublinhou.
Enumerando os países cujos projectos de exploração mineral em águas nacionais se demonstram promissores, como Nauru, Papua Nova Guiné, Tonga, Fiji, Vanuatu, Ilhas Salomão e Ilhas Cook, concluiu, céptico, que até o momento, 29 contratos de exploração foram assinados com a International Seabed Authority e mais duas submissões estão em andamento.
Um comentário em “PIANGO alerta para riscos da mineração de mar profundo”
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