A União Europeia decidiu ampliar a missão da Operação Sophia no Mediterrâneo para formar grupos de Guarda-Costeira Líbia e lutar também contra o tráfico de armas.
Baltic Sea MIRG

Na reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia realizada ontem, foi decidido dar luz verde à formação de grupos de Guarda-Costeira Líbia bem como ampliar a missão da Operação Naval Sophia no Mediterrâneo tendo igualmente em vista a luta contra o tráfico de armas.

Iniciada há um ano, a Operação Sophia teve como primordial missão o combate contra as redes de passadores de emigrantes com base na Líbia. A semana passada, como também noticiado, a ONU deu porém luz verde para que essa missão fosse ampliada para a luta contra o tráfico de armas, fazendo respeitar, em alto-mar, o embargo imposto à Líbia desde 2011.

Nesse enquadramento, a área de missão também foi alargada, estendendo-se agora até Derna, a 200 Km do Egipto, passando a cobrir cerca de 80% da costa líbia, mantendo todavia a restrição de operar sempre para além das águas territoriais, ou seja, para além das 12 mn.

Sabe-se também que foram os Franceses e Britânicos quem mais defendeu este novo enquadramento da Operação Sohia, tendo a Alemanha advogado que a sua missão deveria manter-se restrita ao âmbito anterior.

A frota da Operação Sophia é composta neste momento por cinco navios, três e quatro aviões helicópteros, tendo salvo, no último ano, cerca de 16 000 emigrantes e preso cerca de 70 passadores.



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