A PONG-Pesca, a Oceana e várias ONGs espanholas exigem aos Governos ibéricos que sigam o parecer do CIEM sobre o stock da sardinha. Embora conscientes do impacto da recomendação científica no sector, as organizações pedem a Portugal e Espanha que articulem medidas de recuperação dos stocks
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Em comunicado conjunto, a Plataforma de Organizações Não Governamentais sobre a Pesca (PONG-Pesca), a Oceana e as organizações não-governamentais espanholas Ecologistas en Acción, Fundació ENT e SEO/Birdlife “exigem aos governos de Portugal e Espanha que sigam os pareceres científicos, particularmente no que toca ao aconselhamento sobre a recuperação” da sardinha.

A exigência resulta da preocupação que as ONGs ibéricas revelam “com o estado do stock ibérico de sardinha”, sobretudo depois da divulgação do parecer do Conselho Internacional para a Exploração dos Mares (CIEM, em inglês, ICES), que recomenda uma captura zero para o próximo ano.

No mesmo comunicado, os autores recordam que os Governos de Portugal e Espanha reuniram-se no dia 26 de Outubro, após o que uma comunicação do Governo espanhol indicou que a quota conjunta deverá estabelecer-se entre as 13.500 e as 15 mil toneladas. Para as ONGs, esta proposta entra em conflito com o recomendado pelo CIEM.

Manifestando solidariedade com o sector da pesca e reconhecendo “que uma captura zero tem impactos negativos diretos para quem da pesca depende”, as ONGs “relembram que perante o mau estado do stock ibérico de sardinha, tal como acontece com outros stocks, é urgente a elaboração de um plano de recuperação que muitas vezes inclui medidas extremas, sob pena de se perpetuar a sobrepesca e indo contra o princípio da sustentabilidade tanto advogada”.

As ONGs sublinham que “o que se pretende não é uma responsabilização do sector da pesca para o estado do stock ibérico de sardinha, mas sim um redirecionar de esforço de pesca que permita a recuperação deste stock” e exigem aos dois Governos ibéricos “que sigam as recomendações científicas, articulando medidas de recuperação e gestão entre si”.

 



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