Apesar da maioria dos navios helénicos continuarem registados na Grécia e, como tradicionalmente, na Libéria, segundo dados a Associação dos Armadores Gregos, no último ano o registo nacional perdeu significativamente a favor de Malta.
De acordo com a Associação de Armadores, cerca de 20% dos navios de propriedade helénica, totalizando 78,9 milhões de arqueação bruta para um total de 809 navios, continuam no registo nacional que perdeu, no entanto, apenas no último ano, cerca de 30 navios para outros registos, entre os quais Malta que assistiu a uma subida do número de registos, mais 60, exactamente, totalizando 8,4 milhões de arqueação bruta, correspondendo a cerca de 16% do total da frota mercante helénica, 667 navios e 57 milhões de arqueação bruta, a navegarem agora sob este mesmo registo.
Entretanto, como tradicionalmente, a Libéria continua a liderar o número de registos com 744 navios, 54,7 milhões de arqueação bruta, mas o crescimento no mesmo período foi apenas de 6 navios ou 706,167 DWT.
A este movimento não será estranho os esforços do Governo para cobrar mais impostos aos armadores, o que, de acordo com um relatório do Ministro da Finanças Grego, Trifon Alexiadis, já terá sido conseguido em 2015, conseguindo-se obter um aumento na ordem dos 17,5% no volume de receitas, traduzindo-se, em termos práticos, num total de 63 milhões de euros.
Resultados, deve-se notar, obtidos independentemente das novas regras que a União Europeia, BCE e FMI querem impor no que respeita aos impostos sobre navios e armadores, mantendo-se, para já e até 2018, a regra das isenções e pagamento voluntário.
Nesse enquadramento, o relatório refere também que, para os resultados obtidos em 2015, contribuíram 524 das principais empresas gregas de armadores, representando cerca de 90% do mercado.
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