Na reunião a NATO que decorreu ontem em Bruxelas, foi decidido alargar a sua missão no Mediterrâneo tendo em vista ajudar a União Europeia a colocar termo ao tráfico criminoso de migrantes do Norte e África, embora haja ficado igualmente explícito que não agirá até o destino dos respectivos emigrantes estar completamente clarificado.
A missão da NATO cooperará assim com as operações em curso da missão da Sphia da União Europeia, actualmente comandada pela Fragata Reina Sofia a Marinha Espanhola, tanto na detecção dos tráficos ilegais, quer de migrantes quer humanos, podendo ainda, se pedido pelo Governo Líbio apoiado pelas Nações Unidas, ajudar à detenção dos respectivos traficantes, navegando mais próximo da costa, uma vez, neste momento, as operações da União Europeia ocorrerem a distâncias que inviabilizam qualquer acção nesse sentido.
Um primeiro acto desta nova cooperação entre a NATO e a União Europeia será o estabelecimento de uma missão de patrulhamento conjunto no Mar Egeu, uma das principais rotas de migração via Turquia para a Grécia, onde se encontra, de resto, a nossa Polícia Marítima em missão na Ilha de Lesbos, integrada nas operações da FRONTEX.
Uma questão que ainda se coloca, porém, no que respeita à missão mediterrânica junto à Líbia, é o destino a dar aos migrantes uma vez, dado o caos vivido, não fazer sentido devolvê-los à procedência, sem mais.
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