Contracto por 100 anos implica o desenvolvimento da ilha

A companhia de cruzeiros firmou um acordo com o primeiro-ministro das Bahamas, que implica a criação de uma reserva marinha numa ilha privada. De acordo com o contrato, a MSC Cruzeiros aluga a ilha por 100 anos, comprometendo-se a ocupá-la e a investir no seu desenvolvimento.

A ilha, que se chamará Ocean Cay MSC Marine Reserve, permitirá que a companhia proporcione uma experiência diferente aos seus passageiros.

Nos próximos dois anos a MSC Cruzeiros vai trabalhar em conjunto com o Governo e ecologistas das Bahamas para desenvolver o Cay, uma estação de extracção de areia, que, pela primeira vez, estará dentro de uma próspera reserva marinha e irá coexistir em harmonia com o ecossistema local. No final a ilha (e a economia local) estará completamente transformada, desde a exploração de recursos à conservação dos mesmos.

Em comunicado a MSC Cruzeiros anunciou que iria investir cerca de 200 milhões de dólares na criação de um paraíso natural numa ilha deserta.

Pierfrancesco Vago, presidente executivo da MSC Cruises, afirmou que “este é um progresso natural para a nossa companhia, que está a crescer muito rapidamente, e estamos muito entusiasmados por podermos proporcionar esta experiência totalmente nova nas Caraíbas aos nossos passageiros”.

A Ocean Cay MSC Marine Reserve será, quando estiver concluída, não só “o maior desenvolvimento numa ilha por uma companhia de cruzeiros nas Caraíbas”, como “a única experiência de reserva marinha numa ilha privada, com 38,5 hectares, e com 3,5 quilómetros de praia preservada, distribuídos por seis praias distintas”.

Entre as medidas de desenvolvimento anunciadas está a construção, em frente ao mar, de um cais e terminal, o que permitirá aos passageiros da MSC Cruzeiros desembarcar directamente do navio para a ilha. Haverá também diversos espaços de entretenimento, nomeadamente um anfiteatro com capacidade para 2000 lugares, assim como diversos restaurantes e bares.

Mas tudo será feito tendo por base a garantia da sustentabilidade e conservação da natureza. A garantia foi dada pela MSC Cruzeiros, que confirmou que todas as instalações e experiências na ilha serão totalmente solidárias com a cultura e tradições das Bahamas. Para tal está definido um plano paisagístico que pretende plantar, um pouco por toda a ilha, mais de 80 árvores indígenas das Caraíbas, relva, flores e arbustos, como a Dogwood Jamaicana, mangais encarnados, pretos e brancos, e Glória da Manhã da Praia.

A arquitectura, por seu lado, será fiel à tradicional das Bahamas, assim como a gastronomia disponibilizada nos restaurantes e bares.

Tal como nos navios também haverá diferenciação entre os espaços na ilha. Assim, os passageiros do MSC Yacht Club terão acesso a um spa exclusivo, localizado no noroeste da ilha. Fora isso haverá inúmeras actividades para fazer. Uma rede de trilhos assegura o acesso a toda a ilha. Caminhadas, corrida e bicicleta são apenas algumas das opções de transporte.

Este projecto vai proporcionar não só o desenvolvimento da ilha em causa, da economia local, mas também implica a presença permanente da empresa nas Bahamas. E com isso a criação de postos de trabalho. A MSC Cruzeiros já anunciou que tenciona contratar 240 bahamenses para vários postos ao longo de 2016 e 2017.



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