Na sua primeira intervenção pública no âmbito do Dia da Marinha como Chefe de Estado-maior da Armada, António Mendes Calado expôs a visão da Marinha que pretende implementar durante o seu mandato, sob o mote «Uma Marinha pronta e prestigiada, ao serviço de Portugal e da segurança colectiva».
Nesse contexto, defendeu uma melhoria na capacidade de recrutamento, que já terá surtido efeitos em 2017, mas admitiu que “só com o completo preenchimento dos efectivos máximos autorizados será possível implementar medidas potenciadoras da retenção, de forma a proporcionar previsibilidade à vida das pessoas e coerência ao fluxo de carreiras, assim como criar condições que, na medida do possível, permitam articular a actividade profissional e a vida familiar”.
António Mendes Calado aproveitou ainda a ocasião para destacar a participação da Marina em missões internacionais, no que seria secundado pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e dois projectos que podem “congregar sinergias muito para além da Marinha e, sobretudo, acrescentar valor ao País”.
Um será a continuação do “programa de construção dos seis navios de patrulha oceânicos em falta no sistema de forças, projecto com uma participação muito significativa da indústria nacional e que dará um relevante contributo para melhorar a eficácia do cumprimento da missão da Marinha”, referiu.
O outro será a institucionalização do “programa de mapeamento do mar português, que se destina a conhecer em detalhe o fundo do oceano sob soberania nacional”, que considera estratégica para o país e capaz de potenciar “o conhecimento científico e o desenvolvimento económico e tecnológico”, e onde a Marinha se assume como “parceiro activo e relevante”, referiu.
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes dedicou grande parte da sua intervenção à participação da Marinha em missões externas, deixando uma palavra de reconhecimento aos que neste momento desempenham semelhante tarefa, destacando “os 242 militares neste momento empenhados no garante da vigilância e da salvaguarda da Vida Humana no Mar, nas áreas sob a nossa responsabilidade” e os “562 militares que, lá longe, são hoje a bandeira de Portugal”.
A importância atribuída à presença da Marinha no exterior não fez o governante esquecer a perspectiva interna, a que aludiu, por exemplo, quando referiu a prestação da Marinha no Centro Meteorológico e Oceanográfico Naval instalado no Instituto Hidrográfico, aos programas de aquisição e modernização de capacidade militar e à aposta na manutenção e construção naval.
Um comentário em “Missões no exterior destacadas no Dia da Marinha”
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O que disse tudo se resume a nada.
Uma marinha presa às suas raízes, com ambição de mudança. Mas muito longe na aprendizagem de gestão de recurso humanos e materiais.
O sr.almirante que se lembre que ja estamos em 2018 (século XXI).