A organização Avaaz – the world in action, que visa juntar ambientalistas e activistas a nível mundial, criou esta semana uma petição pública dirigida para os altos cargos da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (International Seabed Authority), para não permitir a exploração dos mesmos, enquanto esta for prejudicial para os ecossistemas.
«Para o Secretário Geral, Nii Allotey Odunton, membros da assembleia da ISA, conselho e comités, e ministros relevantes» lê-se na petição online, «enquanto cidadãos preocupados com a saúde dos nossos oceanos, pedimos que concordem a uma interrupção da exploração de minérios marinhos, a não ser e até cientistas independentes concordarem com a segurança da mesma, e até a ISA aumentar dramaticamente a transparência e acesso aos relatórios e reuniões».
As organizações acusam a ISA de ser parcial na facilitação das empresas, algo que, como «mordomos» do futuro da herança dos oceanos, em vez de ter como prioridade a conservação dos mesmos, assim como os direitos das comunidades costeiras.
O objectivo é chegar às 800 mil assinaturas, e esta segunda – feira, tinha atingido, no espaço de uma semana, as 763,507 mil. O Jornal da Economia do Mar não conseguiu aceder aos dados totais dos países que estão a assinar a petição, mas conseguiu já confirmar que cidadãos dos cinco continentes já o fizeram, com a Europa a apresentar vários países, como a Espanha, Grécia, Itália, Alemanha e Áustria.
Na mesma semana, a Center for Ocean Solutions, uma Organização dedicada ao fundo do mar, começou a divulgar e a liderar artigos científicos sobre a necessidade de balanço entre o ambiente e a exploração e uma estratégia sustentável para o mar profundo.
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