Terminou esta semana a participação do Destacamento de Mergulhadores Sapadores Nº 3 – Mine Warfare, da Marinha portuguesa, no exercício «Mare Aperto – Italian Minex 17», que decorreu na Sardenha, sob comando da Itália e com a presença de unidades da NATO.
O exercício foi conduzido em mar aberto e em águas rasas, com base num cenário concebido para reforçar o treino relacionado com diversas plataformas e serviços, recorrendo a meios anti-aéreos, anti-submarinos e anti-superfície.
No exercício, os mergulhadores portugueses utilizaram “veículos autónomos submarinos na deteção de minas, bem como equipamentos de mergulho de baixa assinatura acústica e magnética na sua recolha”, esclareceu a Marinha.
Segundo a Marinha, “o destacamento detectou e recolheu duas minas reais, da Segunda Guerra Mundial que se encontravam enterradas na área de exercício, para além das várias minas do exercício colocadas no local para o efeito”.
Activado em 2008, “no prosseguimento da edificação da capacidade de Guerra de Minas, prevista na Componente Operacional do Sistema de Forças Nacional”, explica a Marinha, o Destacamento de Mergulhadores Sapadores nº3 constitui uma equipa preparada para missões de desminagem e protecção portuária.
No âmbito da sua vocação para a guerra de minas, este destacamento actua principalmente em mergulho profundo, “até à profundidade máxima de 81 metros”, e na operação de veículos submarinos não-tripulados (UUV).
Na sua acção, usa “equipamentos de mergulho que operam em circuito semi-fechado com misturas respiráveis de Heliox, assim como veículos submarinos operados remotamente e autónomos (ROV e AUV), dos quais se destacam os AUV Seacon, desenvolvidos pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) em parceria com a Marinha Portuguesa, ao abrigo de um protocolo de investigação e desenvolvimento assinado entre o Ministério da Defesa Nacional e estas duas entidades”, esclarece a Marinha.
Mantém ainda “uma estreita relação com o NATO Centre for Maritime Research and Experimentation (CMRE) e a FEUP, para efeitos de investigação e desenvolvimento, e está preparado para participar em missões reais de busca e salvamento em profundidades superiores a 54 metros”, refere a Marinha.