A diminuição de perdas deve-se principalmente ao desenvolvimento no design e nas novas tecnologias, mas também ao decréscimo da actividade marítima, segundo o “Safety and Shipping Review 2018”.
Moore Stephens

Em 2017 perderam-se 94 navios em incidentes marítimos, menos 4% de que em 2016, sendo este foi o segundo ano, numa década, que registou valores mais baixos, revela um estudo da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) intitulado “Safety and Shipping Review 2018”, divulgado há poucos dias.

Este progresso, segundo o estudo, deve-se ao desenvolvimento no desing dos navios, às novas tecnologias e avanços no que respeita a gestão do risco e da segurança, bem como o decréscimo da actividade marítima.

Mais de metade dos navios perdidos foram cargueiros (53), sendo que os pesqueiros e navios de passageiros perdidos descem de ano para ano, mas os navios tanque e os graneleiros aumentam.

O estudo destaca o facto de os maiores incidentes se terem verificado numa zona que abrange o Sul da China, a Indochina e as Filipinas, levando alguns novos média a denominar esta zona de “Novo Triângulo das Bermudas”.

A segunda zona com mais perdas foi a do Mediterrâneo Oriental e Mar Negro (17, ou seja, mais seis do que em 2015) e a terceira foram as Ilhas do Reino Unido (8) e do Golfo da Arábia (6) – hierarquia geográfica que se tem mantido, mais ou menos, constante ao longo da última década.

Quanto às causas, o estudo revela que o naufrágio tem sido a mais comum, nomeadamente devido a mau tempo, responsável por 1.129 das perdas. Os navios perdidos por encalhamento são o segundo maior grupo neste contexto (13), bem como por falha na maquinaria (8) e explosões a bordo (6).

Nem todos os incidentes marítimos, contudo, terminam em perda de navios e de mercadoria, pois, no total, o estudo indica 2.712 incidentes registados em 2017.



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