Na passada Terça-feira, a Marinha portuguesa contribuiu para evitar a consumação de um acto de pirataria marítima sobre um navio mercante de pavilhão de Singapura que se encontrava no fundeadouro de Lagos, na Nigéria, sob ataque de “homens armados, oriundos de uma embarcação rápida de pequeno porte (skiff)”, segundo referiu a Marinha portuguesa.
Graças a uma partilha de informações que foram inicialmente recebidas pelo Centro de Operações Marítimas (COMAR) / Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (Maritime Rescue Coordination Centre – MRCC Lisboa), foi possível fazer intervir as autoridades locais, que desencadearam uma operação para evitar a consumação do crime.
De acordo com a Marinha portuguesa, depois de recebido o alerta do navio mercante, na sequência da informação recebida pelo COMAR/MRCC, “a Célula de Acompanhamento, Aconselhamento e Defesa da Navegação Mercante (Portuguese Navy Shipping Centre – PNCS), centro criado para garantir o acompanhamento e aconselhamento da navegação mercante de bandeira nacional, co-instalado com o COMAR/MRCC, informou o Maritime Operations Centre da Nigéria, o International Maritime Bureau (IMB) e o Marine Domain Awareness for Trade – Gulf of Guinea (MDAT-GoG), do ataque em curso”, que fizeram intervir as autoridades locais.
“Posteriormente, o IMB contatou os proprietários do navio informando que este já não corria perigo e que a tentativa de sequestro tinha sido gorada devido à ativação do alarme de intrusão”, à coordenação das entidades envolvidas e à resposta rápida das autoridades locais”, refere a Marinha portuguesa, acrescentando que o “MDAT-GoG emitiu desde logo um aviso a toda a navegação sobre este incidente”.
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