Está em estudo a criação de uma marca “Peixe de Setúbal”, destinada a reunir sob uma denominação comum todas as espécies pescadas em águas portuguesas, pela frota portuguesa e transaccionadas na lota de Setúbal, incluindo pescado fresco, congelado, transformado ou em conserva, apurou o nosso jornal junto de fonte da Docapesca.

O projecto ainda está numa fase embrionária e envolve a Docapesca, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, a Câmara Municipal de Setúbal e a Associação Regional de Desenvolvimento da Península de Setúbal (ADREPES), prevendo-se que venha a envolver outros parceiros ligados ao sector pesqueiro, como a cooperativa Artesanal Pesca.

Segundo apurámos, está prevista uma reunião para o próximo dia 23 de Março, com diversos paceiros envolvidos, para definir o modelo de desenvolvimento do projecto. Entre as questões a clarificar está a da rastreabilidade dos produtos e respectivos processos de transformação, fundamental para a viabilidade do projecto e para a denominação de origem. “Temos que controlar o canal depois da lota, porque até aí conseguimos exercer controlo”, referiu a nossa fonte.

Uma possibilidade é a adaptação ao pescado dos procedimentos seguidos para os produtos agrícolas, ainda que em termos adequados à natureza da actividade pesqueira, porque “o mar é de todos”, referiu a nossa fonte. Uma das vantagens da criação desta marca seria o fim de disputas sobre a qualidade do pescado apanhado em diferentes zonas da mesma área ribeirinha, por exemplo. Outra, a garantia da origem e da qualidade do produto junto dos consumidores.