O Vestas 11thHour Racing estava ontem pela hora do almoço em primeiro lugar na primeira etapa da Volvo Ocean Race 2017/1018, que liga Alicante a Lisboa, posição que atingiu quando convergiu o Estreito de Gibraltar, e era seguido pelo Team AkzoNobel.
O Dongfeng Race Team, que começou a na liderança, estava em penúltimo lugar, pela mesma hora. A equipa chinesa, que seguia um rumo certo, começou de uma forma agitada, tendo entrado em rota de colisão com o Team Brunel e o MAPFRE, obrigando-os a uma pequena manobra – isto culpa de ambos os que sofreram o choque, que não estavam a respeitar o espaço necessário, e por isso foram penalizados.
A frota, que conta com sete das melhores tripulações do mundo – Mapfre, Dongfeng Race Team, Team Brunel, Team AkzoNobel, Sun Hung Kai/Scallywag, Turn the Tide on Plastic e Vestas 11thHour Racing – iniciou a regata no Domingo, com vento de leste entre os 15 e os 20 nós, e tem chegada prevista a Lisboa no próximo fim-de-semana.
Este ano, a Volvo Ocean Race vai colaborar com as Nações Unidas na sua campanha “Clean Seas”, que visa reforçar consciência do problema crescente e crítico do plástico que polui o oceano, bem como gerar uma Carta de Sustentabilidade.
Sempre que possível, a organização da prova eliminará o plástico nas Race Villages, uma tarefa desafiadora, mas que ajudará a mudar o comportamento, usará a sua plataforma de comunicação global para difundir a conscientização deste problema e deixará uma marca positiva onde quer que vá, através de muitas acções, incluindo um programa de ciência, usando os yachts de corrida Volvo Ocean 65 para, com equipamentos de recolha de dados a bordo, medir a qualidade e composição da água, bem como os micro-plásticos em alguns dos mais remotos oceanos do mundo.
Nesta primeira etapa, com 1450 milhas náuticas, das 45 mil que compõe a volta ao mundo, esperam-se 16 marinheiras, o que embora a Volvo Ocean Race admita ainda ser um pequeno número, já tem um significado. Dee Caffari será a única Skipper feminina do barco Turn The Tide on Plastic.
O investimento no campeonato, em cuja organização trabalham cerca de mil pessoas, será de aproximadamente 200 milhões de euros. E a paragem em Lisboa é apenas a segunda de 12, seguindo-se: Cape Town, Melbourne, Hong Kong, Guangzhou, Auckland, Itajaí, Newport, Cardiff, Gothenburg e The Hague.
- Neptune Devotion investe 3 milhões em novo estaleiro no Porto de Aveiro
- Boatcenter: para uma mais democrática e intensiva fruição do mar
- Lindley: êxito na internacionalização não depende apenas de bons produtos
- Renato Conde e a ciência de um Português na Taça América
- O renascimento da construção marítimo-turística em Portugal
- Não basta esperar, é preciso também saber fazer regressar os turistas a Portugal
- Náutica de Recreio: do grande potencial económico às razões do paradoxal desastre actual
- Discoveries Race 2019