Justifica-se uma apresentação como a realizada e o risco de correr como correu?
Justifica-se uma apresentação como a realizada, com o consequente risco de tudo acabar por ter de dizer um pouco sempre a correr, a sempre procurar «enfiar o Rossio na Betesga», acabando prejudicar a necessária e requerida clareza, com a agravante de, no se termos, muitos se interrogarem, qual, afinal, a verdadeira conclusão de tão longo e pesado dissertar?
Apesar de todas as falhas, omissões e, por certo, toda a imperfeição _ sendo mesmo sempre manifesto falecer o engenho, ciência e demais arte que permitiria mais alto subir _ entende-se que, mesmo não obstante todos esses mais graves defeitos, que sim.
E entende-se que sim tendo sobretudo em consideração o primordial propósito, ou seja, não tanto a de se fazer uma apresentação perfeita e «brilhante» mas, acima de tudo, tornar bem patente às mais verídicas salgadas almas de Portugal a inconsciência que Portugal tem hoje da verdadeira Nação Marítima que é, e é para ser, com tudo quanto tal significa e implica _ sempre se sabendo quão impossível é igualmente a uma Nação com tão funda inconsciência de si acabar por se afirmar verdadeiramente independente, verdadeiramente livre e, consequentemente, verdadeira e plenamente soberana.
E pode uma Nação inconsciente de si ultrapassar tal estado de inconsciência sem uma visão de conjunto _ quanto, infelizmente, exactamente cada vez mais patente não possuir?…