Um grupo de destacados ambientalistas, insatisfeitos com o rumo das decisões do Parlamento da Islândia no que respeita à caça das baleias, decidiu colocar um travão ao crescente desrespeito pelo ambiente, segundo o Safety4Sea.
O resultado foi uma carta aberta ao Parlamento onde, entre outras questões, solicitam que cancele a decisão de renovar a permissão de caça à baleia por mais cinco anos. A carta, assinado pela Gaia Islândia, Jarðarvinir, Reykjavik Animal Save, Reykjavik Whale Save, Samtök grænkera á Íslandi, Sea Shepherd Iceland e pela SEEDS, observa o insucesso da morte desta espécie alegando não só o papel das baleias dentro dos ecossistemas marinhos, considerado demasiado importante, como o papel das mesmas no turismo do país.
“Com o sucesso da observação de baleias na Islândia é claro que uma baleia viva vale mais que uma baleia morta, especialmente quando a carne de baleia não é uma tradição islandesa, mas adquirida de noruegueses há algumas décadas atrás. Estudos demostram que menos de 1% dos islandeses comem regularmente carne de baleia e 81% disseram que nunca a comeram”, pode ler-se na carta.
Apesar da importância ecológica da questão, não houve muita cobertura da parte dos meios de comunicação relativamente ao assunto, afirmou Julie Lasserre, uma das fundadoras da Reykjavik Whale Save. O que não se entende, quando durante a última década, os cientistas têm vindo a mostrar a importância das baleias nos ecossistemas marinhos e o seu papel no impedimento das alterações climáticas. O conceito “Whale Pump” explica que mais baleias significam mais fitoplâncton, mais zooplâncton e mais peixe e mais carbono.
Note-se que cerca de 17% dos islandeses se opuseram fortemente à caça às baleias; 17% a favor da caça e 30% não tinham opinião.
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