Uma análise da DNV-GL com base em respostas de industriais do petróleo e gás concluiu que o sector espera aumentar os seus investimentos em projectos relacionados com o gás, que deverá assumir cada vez mais o lugar do petróleo entre os combustíveis fósseis mais utilizados
Baker Hughes

O Energy Transition Outlook 2017 «Transition in Motion» da sociedade classificadora DNV-GL concluiu que o principal indutor de investimentos em projectos de gás e gás natural liquefeito (GNL) em 2018 é a transição energética, segundo refere o Safety4Sea. O mesmo documento revela ainda que 64% dos empresários da indústria do petróleo e gás esperam manter ou aumentar os seus investimentos relacionados com o gás este ano.

Todavia, apesar desta confiança na transição energética, o ritmo de adesão destes industriais a projectos orientados para a redução de emissões de carbono não é o mesmo em todas as regiões do globo, concluiu o documento, citado pela publicação. Ali se sugere que a Eurásia Nordeste, o Médio Oriente e o Norte de África irão aumentar a produção de gás, pelo menos até 2040, ultrapassando a América do Norte como principal produtor mundial. A produção de gás mesmo duplicar na China, no sub-continente indiano e no Sudeste Asiático.

No âmbito do relatório da DNV-GL, foi feito um inquérito a industriais do sector energético. Somente um terço dos inquiridos na América do Norte (33%) admitiu que as suas empresas estão a preparar-se activamente rumo a uma transição para um mix energético de menos carbono já este ano. No Médio Oriente e no Norte de África essa percentagem é de 51%.

Outra das conclusões do documento é a de que a indústria energética espera acelerar os seus investimentos em projectos de gás no princípio dos anos 20. As principais empresas petrolíferas, aliás, já estão a «descarbonizar» os seus catálogos de negócios.



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