Na 23ª sessão do seu Comité de Protecção do Ambiente Marinho (MEPC73), a Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla inglesa) adoptou uma emenda à convenção MARPOL sobre poluição por navios no sentido de proibir o transporte de combustíveis com alto teor de enxofre (high sulphur fuel oils) a bordo de navios, referem vários meios de comunicação internacionais.

De acordo com as notícias, a proibição aplica-se a produtos destinados a combustão, propulsão ou operação a bordo e entrará em vigor em 1 de Março de 2020. Ficam isentos os navios equipados com exaustores de gases de escape dos navios, ou scrubbers.

No princípio da sessão, o Bangladesh comandou uma tentativa de retardar a introdução da emenda, argumentando com o elevado custo dos combustíveis de menor teor de enxofre e a sua disponibilidade no mercado, mas a proposta foi rejeitada pela maioria dos Estados.

Entretanto, no último dia da MEPC73, 26 de Outubro, a Clean Shipping Coalition, que reúne nove organizações não governamentais ambientalistas, recordou que o MEPC está a fazer muito pouco para ao encontro do seu próprio compromisso de reduzir as emissões de CO2, lembrando os apelos recentes do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

De acordo com o mais recente relatório do IPCC, uma redução rápida e disruptiva nas emissões de carbono é imperiosamente necessária para evitar um aquecimento global de 1,5 graus até meados do século e superior a essa temperatura depois disso.

Bill Hemmings, Director da Transport & Environment, que congrega organizações que trabalham em prol de transportes ambientalmente mais sustentáveis, citado por meios de comunicação, terá referido que os compromissos assumidos para a redução de emissões no transporte marítimo está refém de atrasos e burocracias disseminados por países que nunca se empenharam verdadeiramente naquelas metas, como “os Estados Unidos, a Arábia Saudita e o Brasil”.