Foi esta semana, numa comissão parlamentar, que o presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas associou a redução da espécie no Parque Natural da Ria Formosa à acção humana, incluindo a pesca ilegal
ICNF

O presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Rogério Rodrigues, referiu esta semana na comissão parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação que a diminuição de cavalos-marinhos no Parque Natural da Ria Formosa, em Olhão, está relacionada com a acção humana, designadamente, a pesca ilegal.

De acordo com o presidente do ICNF, citado pela LUSA e Diário de Notícias, “os factores antrópicos serão os mais lesivos para esta redução, como a pesca ilegal para mercados, como o asiático, que se dirigem à colheita dos cavalos-marinhos para diversas actividades”. E pode explicar a redução de para 150 mil no período de 18 anos.

“A qualidade ambiental das águas, onde estão os cavalos-marinhos, não acompanhou a redução”, referiu este responsável, sublinhando que os factores ambientais “não são tão determinantes para esta redução tão drástica, como nos anos em que encontrámos os menores valores” de cavalos-marinhos declarou e “alertando para a má utilização das pradarias — com embarcações — onde se encontram as comunidades”, cita o Diário de Notícias.

O jornal refere que o ICNF já identificou seis áreas restritas para salvaguarda da espécie, três das quais com apoio da Universidade do Algarve. E, de acordo com Rogério Rodrigues, pode limitar as zonas de pesca para criar áreas de santuário.



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