No dia da abertura da 67º reunião da Comissão Internacional de Baleias (sigla em inglês, IWC), uma equipa de peritos da Humane Society International, uma organização internacional de defesa dos animais, solicitou aos Governos participantes a rejeição da proposta do Japão para definir quotas para a pesca comercial de baleias.
O factor sofrimento é o mais preocupante. Dados científicos do Japão concluem que das 482 baleias caçadas pelo país e registadas entre 2010 e 2015, menos de metade demoram, em média, cinco minutos a morrer, tendo que ser atingidas mais do que uma vez por arpões explosivos. Motivo pelo qual o Japão não envia dados à IWC desde 2006.
Agregada a esta questão, encontra-se uma semelhante: outro conjunto de propostas da Rússia, Estados Unidos, Groenlândia e São Vicente e Granadinas, para aprovar quotas de caça à baleia em número superior a duas mil baleias durante um período de sete anos, destinadas à subsistência das espécies abprígenes. O que chama à atenção da organização que alega que alguns padrões de caça e de bem-estar dos animais são, por vezes, controversos.
Note-se por exemplo que na Gronelândia as baleias mortas com armas demoram cerca de 26 minutos a morrer, assim como na Rússia, onde se deu um caso de uma baleia que demorou cerca de 3 horas a morrer, tendo sido atingida com 16 arpões, oito canhões e 273 balas.
“Estamos particularmente preocupados com os pedidos de aumento das quotas atribuídas à Rússia e à Gronelândia, uma vez serem estes os países com os piores registos de bem-estar animal. As baleias são frequentemente atingidas com centenas de balas, causando muito sofrimento, e a Groenlândia começa agora a utilizar armas menos poderosas e eficazes do que há alguns anos, o que significa mais sofrimento por períodos prolongados”, conclui Claire Bass, Directora Executiva da Humane Society International no Reino Unido.
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