Portugal assumiu ontem o comando da Força Marítima Europeia (EUROMARFOR), em cerimónia presidida pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), General Pina Monteiro, e com a presença de representantes de todos os países componentes da força (Portugal, Espanha, Itália e França), dos Chefes de Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas, e do Secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, entre outras personalidades.
Esta é a terceira vez que o nosso país assume este comando, à frente do qual está agora o vice-Almirante Gouveia e Melo, que em declarações à imprensa a propósito da importância desta força referiu que “as Marinhas têm responsabilidade de garantir a segurança dos espaços marítimos”, sob pena de se não o fizerem, afectarem de imediato duas coisas: as economias dos países, que dependem das importações e exportações, que também se fazem pela via marítima, e a estabilidade política dos países.
Afirmou igualmente que os quatro países da EUROMARFOR são todos de fronteira, numa região de fractura com uma zona de “culturas diferentes, religiões diferentes, capacidades económicas diferentes e sistemas políticos diferentes”, pelo que esta força tem um papel importante na estabilização e capacitação das forças desses países, que assim poderão impedir que certos fenómenos se propaguem à Europa, à qual não interessam, como o tráfico de seres humanos ou imigração ilegal, por exemplo.
Fez ainda um balanço positivo dos 22 anos da EUROMARFOR, cujos países componentes estão na “fronteira dos problemas”, o que requer “Marinhas capazes e vontade de as usar, nessa fronteira, para proteger as nossas sociedades”. Se assim não for, considerou, “vamos sofrer dessa falta de vontade e empenho”, mas admitiu que a EUROMARFOR é precisamente “um exemplo desse empenho”.
Também presente, o CEMGFA considerou que a cerimónia de transferência de comando “demonstrou o prestígio e o reconhecimento internacional junto dos nossos aliados das nossas organizações e das nossas Forças Armadas, em particular e neste caso da nossa Marinha, para liderar durante dois anos esta importante força naval europeia”.
Nota: A foto foi retirada do portal oficial da Marinha portuguesa
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