O Chairman do Comité de Gestão da empresade gás russa Gazprom, Alexey Miller, manifestou recentemente a certeza de que a indústria do gás em geral vai crescer continuamente ao longo dos próximos cinco anos e sem ser afectada por outras fontes de energia, refere o Maritime Executive.
De acordo com a publicação, a Gazprom espera que a procura de gás aumente 17%, ou 685 biliões de metros cúbicos, até 2025. E estima que 30% desta procura provenha da China. Relativamente a 2017, a procura chinesa crescerá 80% até 2025, somando 200 biliões de metros cúbicos de gás ao mercado.
O gasoduto «Energia da Sibéria», actualmente em construção e destinado a transportar gás da Rússia para a China, estará operacional em Dezembro de 2019, contribuirá para responder às necessidades da procura chinesa, bem como outras vias de transporte que estão em avaliação, admitiu Alexey Miller, segundo a publicação.
Todavia, o principal mercado da Gazprom é a Europa, como tem sido nos últimos 50 anos. As exportações russas para a Europa totalizaram 194.4 biliões de metros cúbicos em 2017, mais 8,4% do que em 2016. E o gasoduto «Nord Stream», por onde circula esse gás, concebido para uma capacidade de 55 milhares de milhões de metros cúbicos, funcionou 7% acima das suas capacidades, graças a soluções tecnológicas, refere a publicação, citando o CEO da Gazprom. O que justifica a necessidade do «Nord Stream 2», já em construção e provavelmente capaz de funcionar a partir de Janeiro de 2020.
Segundo a publicação, o mesmo responsável admitiu que as entregas de gás natural liquefeito (GNL) à Europa caíram 4.5 biliões de metros cúbicos nos oito primeiros meses deste ano. “Mesmo que os preços do gás na Europa tenham aumentado quase 20% desde 1 de Janeiro deste ano, o preço do GNL continua elevado; os preços do GNL na Ásia são um terço superiores aos da Europa, uma tendência que tem anos”, terá referido Alexey Miller.
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