O reconhecimento, a vigilância e a obtenção de informações traduzem a acção da Força Aérea na sua relação com a Estratégia Marítima Nacional. Neste sentido, entre as suas áreas de acção contam-se: a monitorização e fiscalização da pesca; o controlo do tráfego marítimo; a detecção e apoio no combate à poluição marítima; e a detecção e apoio à criminalidade transnacional. As EH-101 (com uma hora de autonomia de operação), C-295 (com duas horas de autonomia de operação) e P-3C (com quatro horas de autonomia de operação e passível de ser utilizada quase até Cabo Verde) são as aeronaves que, consoante a acção que vá levar a cabo, a Força Aérea tem previamente definidas e disponíveis.
De igual modo, e no que respeita concretamente à busca e salvamento, a Força Aérea dispõe de quatro helicópteros e cinco aviões em alerta permanente, conforme referido pelo Coronel Duarte Gomes durante o seminário do mar “A Acção da Força Aérea na Estratégia Nacional Marítima”, ocorrido a 21 de Novembro no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Relativamente aos factores que influenciam o planeamento das missões em que a Força Aérea participa foram referidas, entre outras: a avaliação das ameaças estratégicas e a necessidade de manter um conhecimento situacional em todo o espaço de interesse nacional (aéreo e marítimo); a influência da recolha de informações ocorridas nas mais recentes missões executadas; a análise de sistemas; a urgência para satisfazer uma solicitação imediata; as características das aeronaves; o plano de financiamento; a meteorologia e o estado do mar.
O Coronel Duarte Gomes aproveitou ainda a oportunidade para recordar as operações em que a Força Aérea tem participado mais recentemente e que são quer operações desenvolvidas bilateralmente como o caso da Obangame Express (conduzida pelo AFRICOM na região do Golfo da Guiné), só para dar um exemplo, quer operações levadas a cabo pela OTAN (na Operação Active Endeavour, uma operação marítima, destinada ao combate ao terrorismo no Mediterrâneo) e pela UE (no âmbito do FRONTEX com o objectivo da prevenção de ameaças e repressão de redes criminosas, associadas à imigração ilegal, e a garantia da segurança da União Europeia e de Portugal, nomeadamente através nas operações JO Poseidon, JO Aeneas, JO Hermes e JO Indalo no Mediterrâneo).
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