No passado dia 16 de Julho, o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores, Fausto Brito e Abreu, efectuou um mergulho no talude insular das Lajes do Pico a bordo do submarino LULA1000, um dos 10 veículos tripulados de todo o mundo capaz de descer a uma profundidade de mil metros.
O mergulho serviu para observar e registar espécies e habitats mais sensíveis e menos conhecidos no mar profundo dos Açores, que tem uma área de milhões de quilómetros quadrados e cujo conhecimento é determinante para a definição da política marítima e a defesa dos ecossistemas marinhos.
Na ocasião, Fausto Brito e Abreu referiu que “o conhecimento científico dos ecossistemas marinhos é o primeiro passo para definir políticas marinhas” e que “quando um Estado quer exercer soberania sobre a sua área marítima, deve em primeiro lugar, demonstrar que tem conhecimento”. Afirmou igualmente que o LULA1000 “tem sido muito importante no mapeamento dos ecossistemas marinhos dos Açores e na descoberta de ecossistemas que eram desconhecidos e até de espécies que foram filmadas pela primeira vez”.
O governante confirmou que têm sido realizados estudos para “projectos de documentação e pesquisa de espécies do mar profundo dos Açores” pelo Governo Regional e a Universidade dos Açores. Referiu também que vários grupos científicos têm publicado estudos sobre a matéria e que a Fundação Rebikoff-Niggeler, operadora do submersível, mantém parcerias privadas com estações televisivas internacionais, como a BBC, para a realização de documentários nas águas dos Açores.
Esses programas também “têm promovido muito os Açores a nível internacional como um local que tem ecossistemas únicos, especialmente do mar profundo”, admitiu Fausto Brito e Abreu. De acordo com outros meios de comunicação, canais como a ITV, a NHK e a National Geographic também já visitaram os Açores para o mesmo efeito. E o governante terá mesmo recordado a um órgão de comunicação regional que o documentário «Life at the Extreme – Deep/Azores» e que teve êxito no Reino Unido, foi produzido nas ilhas do Faial e do Pico e mostram um mergulho no LULA1000.
O submarino LULA1000 tem capacidade para três tripulantes e é utilizado em projectos de documentação e pesquisa de espécies do mar profundo nos Açores, bem como na realização de vídeos para o público em geral. Segundo a LUSA, a Direcção dos Assuntos do Mar dos Açores contratou com a Fundação Rebikoff-Niggeler 20 horas de imersão por ano do LULA1000 para estudos oceanográficos. A fundação está sediada no Faial desde 1994 e em 2000 foi considerada instituição de utilidade pública pelo Governo Regional dos Açores.
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