A exposição já passou por 41 locais e procura educar os cidadãos e autoridades para o problema do plástico, que representa cerca de 80% dos resíduos no mar, mas que a população pensa ser 50%, como explicou a coordenadora do projecto em Portugal, Paula Sobral.
As estimativas das organizações internacionais indicam que 6,4 milhões de toneladas de lixo são introduzidas anualmente nos mares e que existem nos oceanos cerca de 46.000 pedaços de plástico por km2.
Em Portugal, é difícil perceber tendências ou números certos mas estimativas são preocupantes. Um estudo da Universidade dos Açores explica que no canhão de Lisboa é dos 32 locais com maior quantidade de lixo. O canhão tem 1602 metros de profundidade, com cerca de 63 pedaços por hectare.
Um inquérito do Marlisco lançado em 2013 com respostas de 16 países conclui que «todas as pessoas estão preocupadas» mas que têm uma noção errada do problema, sendo uma das principais razões o facto de o lixo ser invisível a olho nu.
Os microplásticos são a maior quantidade de plásticos no oceano. O lixo mais pesado acumula-se no fundo do mar – fios de pesca, cabos, redes e armadilhas, vidro, plástico, metal e pneus. Muitos destes materiais demoram até milénios a deteriorar-se.
A exposição tem espaços para crianças e está aberta todos os dias, até 24 de Maio.
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