Envolvendo treze diferentes entidades, seis quais directamente tuteladas pela Autoridade Marítima, com a Capitania e Polícia Marítima de Cascais, Capitania e Polícia Marítima de Lisboa, Comando Regional da Polícia Marítima do Centro, Grupo de Mergulho Forense da Polícia Marítima, Serviço de Combate à Poluição do Mar, Direcção de Faróis e Instituto e Socorro a Náufragos, ISN, bem como o Instituto Hidrográfico, com uma Equipa Hidrográfica de Intervenção Rápida, o Serviço Municipal de Protecção Civil de Cascais, com uma Equipa e uma Viatura, os Bombeiros Voluntários de Cascais, com uma Equipa e duas Viaturas e o INEM também com uma Equipa e uma Viatura, para além da própria Marinha com o NRP Bartolomeu Dias, o NRP Vasco da Gama, o NRP Figueira da Foz, o NRP João Roby, o NRP António Enes e o NRP Centauro, bem como uma Companhia de Intervenção Rápida dos Fuzileiros e elementos de Assalto Anfíbio Orgânico, o exercício «Proteger 2017», decorreu ao longo da tarde de Quarta-feira passada ao Largo da Baía de Cascais, de acordo com o seguinte cenário:
– Isolamento de uma comunidade costeira (simulada pela Vila de Cascais) na sequência de um forte abalo sísmico, seguido de um pequeno maremoto, ficando assim apenas acessível por mar, única via para prestar socorro de emergência e envio de bens, equipamentos e outros materiais necessários à mitigação das consequências do evento, desde bens de primeira necessidade, como bens alimentares, até materiais médicos e de enfermagem;
– De acordo com tal cenário, é suposto também verificar-se o colapso de múltiplas infra-estruturas e a existência de numeras pessoas desalojadas a necessitarem de alojamento temporário, assim como a existência de falhas generalizadas nos sistemas de distribuição e abastecimento de energia e água, sendo necessário prover tais bens por meios autónomos;
– Em simultâneo e de acordo com o cenário imaginado, haverá múltiplas embarcações viradas por efeito do maremoto, com a possibilidade de inúmeras pessoas se manterem também presas no seu interior;
– Finalmente, para além de não haver qualquer local para aterrar qualquer tipo de aeronaves, existindo igualmente diversas embarcações ao largo sem conseguirem entrar no porto de abrigo, é necessário retirar os respectivos tripulantes através de embarcações da Polícia Marítima e do Instituto de Socorro a Náufragos.
Ao longo do desenvolvimento do exercício, os principais objectivos visam, como referido, avaliar e optimizar a capacidade de apoio da Marinha à Autoridade Marítima Nacional em situações de emergência civil, bem como demonstrar e testar as capacidades de Coordenação da AMN num cenário interagência e o consequente grau de perfeita interoperabilidade entre mesma AMN e as restantes entidades envolvidas, sem esquecer a concomitante avaliação da capacidade de gerar e manter um Panorama Comum entre os diferentes Centros de Comando e Controlo (AMN, Navio e Fuzileiros).
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