Um explorador norte-americano descobriu plástico enquanto estava a bater o recorde de mergulho mais profundo, tendo descido 10.927 metros.
Vladimir Yemelyanov

Um explorador norte-americano, ao bater o recorde de mergulho mais profundo de sempre, com 10.927 metros, no fundo da fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, encontrou resíduos de plástico, segundo a BBC.

Victor Vescovo foi o explorador que desceu quase 11 quilómetros a bordo do submersível DSV Limiting Factor, tendo passado cerca de quatro horas a explorar a parte inferir da fossa. No fundo do oceano, além de espécies marinhas de águas mais profundas, encontrou um saco de plástico cheio de pequenas embalagens de rebuçados (também elas de plástico).

Note-se que os 10.927 metros perfazem mais 11 metros do que o anterior recorde de mergulho. Tendo este recorde sido sustentado com cinco mergulhos durante toda a expedição – algo inédito pois é a terceira vez que o ser humano consegue alcançar as profundezas do Oceano Pacífico, observar o ambiente e voltar.

Ao canal britânico, o explorador referiu o momento como “indescritível”. “Este submarino e sua nave-mãe, juntamente com a equipa de expedição extraordinariamente talentosa, levaram a tecnologia marinha a um nível ridiculamente superior, mergulhando rápida e repetidamente na área mais profunda e mais dura do oceano”, comentou.

Este mergulho faz parte da expedição Five Deeps, financiada pelo próprio explorador (ex-gestor de activos), cujo objectivo é explorar os pontos mais profundos de todos os oceanos. Pelo que, além da Fossa das Marianas, no Pacífico, nos últimos seis meses, Victor e a equipa já realizaram mergulhos na fossa de Porto Rico, no Oceano Atlântico (a 8.376 m / 27.480 pés), na fossa South Sandwich (Oceano Antártico, 7.433 m / 24,388 pés) e na Fossa Java (Oceano Índico, 7,192m / 23,596 pés). Espera em Agosto de 2019 chegar às profundezas do Oceano Ártico, conhecida como Molly Deep.

As viagens, gravadas, serão exibidas num documentário no Discovery Channel, chamado de Deep Planet, previsto para 2020. E o submersível, depois de concluída a expedição, será entregue a instituições científicas para que a máquina possa ser usada noutras investigações, confirmou o explorador.



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