Durante o RE-Source 2018 (grande conferência sobre energias renováveis) em Amsterdão, esta semana, foram quase 100 as organizações que se dispuseram a cooperar, para apresentar soluções inovadoras e, acima de tudo, descomplicadas para a crise climática, solicitando inclusivamente aos Governos apoio neste sentido para obter energia renovável de uma forma mais acessível.
Recorde-se que a plataforma RE-Source é uma aliança coordenada pela europeia de stakeholders representando compradores e fornecedores de energia limpa, coordenada pela SolarPower Europe, WindEurope, The Climate Group e CDP (RE100) e WBCSD.
A conferência serviu para as empresas assinarem uma declaração que apela ao alívio de todo o potencial de investimento em energia renovável por meio de contratos mais simples de estabelecer. Questão que surge no seguimento do pedido realizado aos Governos para que se livrem das barreiras regulatórias que impedem a terceirização da energia renovável.
Apesar do sucesso inicial se ter concentrado mais nos países nórdicos, nomeadamente na Holanda e Reino Unido, já foram assinados contratos de compra e venda de energia renovável de 6GW na Europa. Empresas como a Google, a Amazon, a Ikea, a Iberdrola, ou Microsoft, pedem agora certezas sobre a propriedade a longo prazo, necessárias para as empresas saberem que estão a comprar electricidade renovável, bem como simplificação dos modelos de compra e venda de produtos.
Note-se que os consumidores industriais e comerciais representam cerca de metade do consumo de energia na Europa. Uma pesquisa com 1.200 corporações realizada pela BayWa mostrou que 80% acreditam que o uso de energia renovável lhes confere uma vantagem competitiva. E a Europa é líder mundial em projectos eólicos offshore com um recorde de 3,1 GW de capacidade instalada adicional em 2017. O Global Wind Energy Council antecipa que 2019 será outro ano recorde com o Reino Unido conectando 3,3 GW de nova capacidade à rede entre 2018 e 2020, seguido da Alemanha com 2,3 GW, Bélgica com 1,3 GW, Holanda com 1,3 GW e Dinamarca com 1,0 GW.
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