Depois de cinco anos de redução das emissões do CO2 em 3%, estas deverão aumentar nas economias mais desenvolvidas, como a América do Norte, a União Europeia e as economias mais avançadas da Ásia/Pacífico, e já este ano devem crescer 0,5%, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla inglesa).
Segundo explica a IEA, o aumento de consumo de petróleo e gás mais do que ultrapassa a diminuição das emissões de CO2. E embora o aumento das emissões não atinja o nível de crescimento de 2,4% das economias, mesmo assim torna difícil cumprir os objectivos traçados na Conferência de Paris sobre as Alterações Climáticas, há três anos. A IEA espera igualmente que as economias emergentes produzam mais CO2 do que no ano anterior.
Estes dados surgem num momento em que decorre a 24ª sessão da Conferência de Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 24), Katowice, na Polónia, na qual se espera a finalização das regras para aplicação das metas do Acordo de Paris.
E poucos dias depois do Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, ter dito que a temperatura média do planeta pode subir 3 graus até ao final do século, com base num relatório das próprias Nações Unidas. E de ter apelado à urgência de, até 2030, triplicar o valor dos compromissos assumidos no Acordo de Paris para manter a temperatura abaixo dos 2 graus.
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