O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) relativo ao novo terminal Vasco da Gama, no porto de Sines, concluiu pela sua viabilidade ambiental, revelou recentemente o Jornal de Negócios. Todavia, segundo os autores do estudo, citados em vários meios de comunicação, o terminal terá diversos efeitos, designadamente o fim das ondas surfáveis na praia de São Torpes, eventuais impactes visuais na paisagem, modificação na morfologia do terreno, eventual diminuição da qualidade do ar, dispersão de espécies indígenas, entre outros.
Relativamente ao fim das ondas, é sugerido que as escolas de surf instaladas na praia de São Torpes possam ser compensadas financeiramente, alterar a sua localização, reconverter a sua actividade (dedicando-se a outras modalidades) ou beneficiar de eventuais intervenções a realizar noutras praias de Sines (por exemplo, através da construção de recifes artificiais) que permitam a prática do surf nesses locais.
Segundo posições dos autores do estudo citadas na imprensa, os impactes negativos são compensados “por um conjunto muito importante de impactes positivos e permanentes” como é o caso do “ordenamento do território” ou efeitos socio-económicos considerados vantajosos, como a criação de mil novos postos de trabalho.
Conforme tem sido divulgado, o EIA deste novo terminal estará em consulta pública até 19 de Junho e o Governo pretende lançar o concurso para a construção da obra tão depressa quanto possível.
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