A Royal Caribbean decidiu cancelar as suas escalas na Coreia do Sul de viagens provenientes da China, na sequência da instalação de um sistema de mísseis Terminal High Altitude Area Defence, ou THAAD, em território sul-coreano, referem meios de comunicação internacionais com base em informações da empresa de cruzeiros divulgadas no seu site em língua chinesa.

De acordo com notícias vindas a público, as escalas abrangem os portos de Busan, Jeju e Seoul, nas rotas dos navios Quantum of the Seas, Mariner of the Seas e Ovation of the Seas até Junho deste ano, que são substituídas por escalas no Japão.

Vários meios de informação, citando a Reuters, referem igualmente que a Carnival’s Costa Cruises vai remover as suas escalas dos portos sul-coreanos relacionadas também com cruzeiros originários da China, substituindo-as por escalas em portos japoneses.

O THAAD começou a ser instalado em colaboração com os Estados Unidos um dia depois da Coreia do Norte ter lançado recentemente quatro mísseis balísticos que caíram no mar, a Noroeste do Japão, e destina-se a manter à distância as ameaças norte-coreanas na região, segundo consideram norte-americanos e sul-coreanos. Deverá estar operacional em Abril, segundo fontes citadas pela CNN.

A instalação do sistema, porém, está a gerar controvérsia. A China considera que, ao contrário do que é dito pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos, o THAAD é dirigido a ela. E de acordo com um porta-voz oficial chinês, Geng Shuang, citado pela CNN, a China opõe-se a tal instalação e “vai resolutamente tomar as medidas necessárias para defender” os seus interesses de segurança.

Entretanto, a Coreia do Sul e os Estados Unidos começaram há dias um exercício militar conjunto na região, que durará semanas e no qual participam cerca de 300 mil militares sul-coreanos e 17 mil norte-americanos.