Os atuneiros moçambicanos construídos pela CMN de Cherbourg, exigem readaptações, reajustamentos e modificações que a empresa francesa não está disposta a realizar.

A controversa frota de 24 atuneiros fornecidos pela empresa francesa CMN de Cherbourg a Moçambique, exigem ajustamentos e modificações por inadequação técnica às exigências impostas pela União Europeia a todos os barcos de pesca cujo produto tenha como destino de exportação o mercado europeu.

Como o Ministro da Economia de Moçambique, Adriano Maleiane, expôs já no passado dia 18 de Maio no Parlamento Moçambicano, actualmente, apenas 10 dos 24 atuneiros entregues à Ematum, Empresa Moçambicana de Atum, estão a operar por terem sido readaptados, reajustados e modificados na África do Sul, uma vez os estaleiros franceses exigirem um valor demasiado elevado para esse trabalho.

Dados os problemas envolvidos com a frota, um negócio realizado em 2013 e avaliado então na ordem dos 820 milhões de dólares (735 milhões de euros),  representando uma dívida que vale cerca de 40% de toda a dívida externa de oçambique, bem como a insistência do Governo de Maputo para a concretização das necessárias readaptações pela própria CMN, a empresa francesa veio agora declinar, oficialmente, qualquer responsabilidade no caso, afirmando todas as embarcações terem sido entregues de acordo com o contrato estabelecido e especificações aplicáveis, incluindo até a provação dos mesmos pela Bureau Veritas.



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