A organização não-governamental holandesa The Ocean Cleanup divulgou recentemente que o seu sistema de limpeza marítimo Cleanup System 001 teve de “regressar ao porto mais cedo do que planeado”. Decisão que tomaram após terem detectado, numa inspecção regular, que uma secção de 18 metros da barreira flutuante se tinha desagregado das demais.
Apesar de ser cedo para confirmar a causa de tal disfunção, a organização deduz que seja do material gasto e da “concentração stressante” de plásticos, uma vez terem já realizado 106 ciclos de carga. Ainda assim, retornam ao porto com cerca de 2.000 kg de plástico recuperados durante as últimas semanas com o sistema Wilson.
“É importante notar que tanto a secção principal de 580 metros quanto a secção final de 18 metros são completamente estáveis; todas as anteparas estão intactas e a secção final tem dois estabilizadores afixados, pelo que rolar não seria possível. Além disso, como nenhum material foi perdido, não houve riscos de segurança para a tripulação, para o meio ambiente ou para o tráfego marítimo. No entanto, como os sensores do sistema de limpeza e a comunicação via satélite (que são montadas em ambas as secções finais) estão comprometidas, concluímos que é sensato retornar ao porto”, pode ler-se no comunicado.
A equipa não está contente com o sucedido, pois esperavam uma maior recolha de lixo, no entanto, percebem agora que contratempos como este são inevitáveis, nomeadamente quando são pioneiros de novas tecnologias. O lado positivo é que estar no porto lhes confere a oportunidade de fazer actualizações no sistema.
Relembre-se que o sistema consiste numa barreira flutuante em forma de U com uma faixa de três metros agregada por baixo e foi concebido para se deslocar com o vento e as ondas, visando a captura passiva de plásticos.
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