A China ultrapassou os Estados Unidos como principal produtor mundial de crude, segundo revela o World Maritime News com base em dados da Gibson Shipbrokers relativos ao primeiro semestre deste ano. Neste período, a China importou, em média, 8,5 milhões de barris diários, contra 8,12 milhões dos Estados Unidos.
Segundo o jornal, que cita a empresa, a combinação do papel crescente da China no mercado global com o declínio da sua produção doméstica de crude e expansão de refinarias pode constituir um factor positivo na procura por petroleiros ao longo dos próximos anos. No entanto, a manutenção desta tendência está associada a mais factores.
Um deles é o contraste entre a queda de produção chinesa (5,1% nos primeiros seis meses deste ano, segundo dados da Reuters citados pela Gisbon Shipbrokers), que gera maior importação para compensar o declínio, e o aumento de produção de gás de xisto pelos Estados Unidos, revitalizado nos últimos meses, que diminui a necessidade importadora norte-americana.
Outro factor mencionado pelo jornal é a preocupação da China em constituir reservas estratégicas de petróleo. Uma realidade que deverá continuar nos próximos anos, com a perspectiva de aumentar a sua capacidade de refinamento em 2,2 milhões de barris diários até 2020 e que suportará o aumento de importação de crude.
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