A China apresentou ontem o primeiro porta-aviões construído no país, por agora designado OO1A, referiram vários meios de comunicação, com base em relatos da agência de informação chinesa Xinhua. “Depois do lançamento, o novo porta-aviões passará por testes de depuração de equipamento, de aprovisionamento e de acostagem abrangente”, refere a agência.
Construído no estaleiro da China Shipbuilding Industry Corp (CSIC), em Dailan, ao longo de cinco anos, o navio tem uma capacidade de carga de 70 mil toneladas, 315 metros de comprimento, 75 metros de largura e atinge uma velocidade de cruzeiro até 31 nós.
Tem um hangar para transporte de mais aviões J-15 e mais espaço de cobertura para outras aeronaves do que o único porta-aviões de que a China dispunha até hoje, o Liaoning, construído na antiga União Soviética há mais de 25 anos e colocado ao serviço do exército chinês em 2012, refere a Xinhua.
Alguns observadores não deixam de notar que o navio foi apresentado num momento de tensão na Ásia, relacionada com uma agressiva troca de palavras entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte a propósito da capacidade nuclear desta última, e três anos antes do momento a partir do qual se pensava que o porta-aviões estaria operacional.
Um contexto que já levou os Estados Unidos a deslocarem para a região vários navios militares, designadamente sob o pretexto de participação em exercícios navais. Os observadores também notam que o estaleiro de onde o navio foi deslocado para a água, Dailan, fica apenas a 350 quilómetros da capital da Coreia do Norte, Pyongyang.
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