O Governo chinês terá admitido, pela primeira vez, que está a construir no país o seu terceiro porta-aviões, revelou a estação televisiva norte-americana CNN. Será mais moderno do que os anteriores, o porta-aviões sem nome, de tipo 001A, o primeiro construído na China, e o Liaoning, que ainda usam um sistema de lançamento baseado na potência dos aviões para descolar.
De acordo com a CNN, os meios de comunicação estatais chineses têm especulado que o novo navio já usará um sistema de lançamento dos aviões assente numa catapulta electromagnética, semelhante ao do mais recente e moderno porta-aviões dos Estados Unidos.
Apesar de ser mencionado num artigo da agência noticiosa pública chinesa Xinhua, este novo navio já foi alvo de especulações anteriores ao longo do último ano, designadamente quando em Junho uma das principais empresas chinesas de construção naval divulgou uma fotografia de uma maquete deste porta-aviões, ou quando meios de comunicação chineses mencionaram que estava em construção um novo porta-aviões em Xangai. Ou quando o desenhador chefe do Liaoning aludiu à possibilidade de a China ter três, quatro ou cinco porta-aviões, a propósito de os Estados Unidos terem uma dezena destas unidades.
O que parece certo é que a China está a modernizar rapidamente a sua força militar e nem sequer fez segredo da ambição de ter uma Marinha capaz de projectar a capacidade militar do país e competir com os Estados Unidos, cuja Marinha deverá manter-se superior à chinesa na próxima década, embora menor em número e equivalente em termos tecnológicos. A CNN recorda que este ano, o orçamento militar de Pequim cresceu 8% face a 2017.
- O Direito e a Segurança Marítima
- A crescente incapacidade de Portugal defender os seus interesses no Golfo da Guiné
- O Mar cada vez mais exposto ao perigo dos cyberataques
- Porque em Portugal também há Excelência no Mar…
- Polícia Marítima resgata 21 crianças num grupo de 47 migrantes na Grécia
- NRP Setúbal já está operacional
- Polícia Marítima intercepta novo bote de refugiados
- O transporte autónomo ainda é um tema dúbio