O Comandante Charles Moore, o primeiro a descobrir as ilhas de plástico do Pacífico, veio a Portugal falar sobre a crise de plástico que enfrentam os oceanos, e porque lhe marcaram duas semanas no país, aproveitou para ir inclusivamente à FCT -Universidade Nova de Lisboa contar a sua descoberta e explanar a alarmante situação – a qual precisa de cooperação para ser resolvida, a convite do MARE (Centro de Ciências do Mar e do Ambiente).
Entre emoções, o comandante contou como foi descobrir a grande massa de lixo oceânico, bem como a importância do trabalho que tem vindo a desenvolver desde então, através da organização que criou – Algalita – para consciencializar jovens sobre o problema enraizado em toda a população, que é o uso frenético de plástico, que, na sua opinião, tem de ser detido.
Já foi em 1997 que Charles Moore trouxe para debate público o problema do plástico nos oceanos, quando a ilha ainda não era o que é hoje, nem tinha 1,6 milhões de quilómetros quadrados (17 vezes o tamanho de Portugal).
Por isso, nas últimas duas décadas, tem estudado e monitorizado a acumulação de plásticos no mar, pelo que, para ele, a esperança de conseguir limpar todo o oceano não passa de uma utopia que é perigosa pois, na sua opinião, enquanto limpamos, estamos a colocar no oceano, ao mesmo tempo e na mesma quantidade, o plástico retirado. No entanto, tem uma solução, que passa por redesenhar o modo de viver, parando o uso do plástico.
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