A Comissão Europeia (CE) autorizou “a aquisição do controlo conjunto da empresa comum Windplus S.A. de Portugal, pela Engie S.A. de França («Engie»), EDP Renewables, SGPS, S.A. de Portugal (EDPR) e pela Repsol Nuevas Energías S.A. de Espanha («Repsol»)”, segundo nota enviada ontem à imprensa.
Como a Windplus já é controlada pela EDPR e pela REPSOL, na prática, a decisão significa a permissão de entrada da Engie no capital do consórcio, que já tinha sido solicitada à CE em Novembro por envolvimento de fundos comunitários no projecto do parque eólico que o consórcio promove (Windfloat).
De acordo com o Jornal de Negócios, essa entrada “deverá ser feita através da compra de parte da participação da EDP Renováveis, que lidera o consórcio com uma fatia de 79,4%”, mas ainda são desconhecidos detalhes da divisão do capital.
Na sua decisão, a CE “concluiu que a concentração em causa não levanta problemas de concorrência dadas as actividades actuais e futuras muito limitadas da Windplus no Espaço Económico Europeu”, refere o comunicado, sublinhando que a Windplus “desenvolverá um projecto eólico offshore e será activa na produção e oferta de electricidade a granel a Portugal”.
Recorde-se que em Outubro o Banco Europeu de Investimento (BEI) emprestou 60 milhões de euros ao consórcio para o funcionamento do primeiro parque eólico flutuante no mar, em Viana do Castelo. Nesta fase, o investimento previsto de 125 milhões de euros contempla também 29,9 milhões de euros do programa comunitário NER300, 6 milhões de euros do Fundo de Carbono Português e apoio de accionistas, segundo recorda o Observador. Até 2019, segundo lembra o Jornal de Negócios, o parque eólico terá de estar a produzir energia, sob pena de perder o financiamento comunitário.
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