A carta é redigida depois de Portugal ter expresso uma posição contra a proposta da Comissão Europeia para acabar gradualmente com a pesca de arrasto nas águas europeias.
Está em discussão um novo regulamento para o uso sustentável desta actividade e eventual fim, entre os Estados Membros. Uma actualização do que deu em entrada em vigor em 2002.
As ONGs consideram este regulamento insuficiente, fracassando na protecção de espécies vulneráveis dos ecossistemas marinhos, e afirmam-se profundamente desapontados com a posição de Portugal no Conselho de Ministros Europeus de Pescas, opondo-se a artigos fundamentais para a conservação dos habitats marinhos.
A medida da portaria nacional aprovada em Julho de 2014, adiantam também, falha por só se aplicar à frota portuguesa, ou seja, embarcações estrangeiras continuam a poder fazê-lo.
«Tínhamos a esperança que Portugal seguisse na linha da sua política interna e defendesse a conservação dos fundos marinhos e pescas sustentáveis nas negociações com a UE», o que não aconteceu, dita a carta. O Jornal tentou apurar os motivos desta decisão, mas o Ministério não apresentou resposta.
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