A autorização das autoridades sanitárias do Canadá de autorizarem o consumo de salmão transgénico, ou seja, geneticamente modificado, não foi no entanto recebida sem controvérsia
O salmão em questão é produzido pela empresa norte-americana AquaBounty e respeita à introdução de um gene de crescimento de uma espécie de salmão do Pacífico numa espécie do Atlântico, permitindo-lhe atingir entre 16 a 18 meses a fase de adulto quando o normal seriam 30 meses.
A decisão, implicando não ser necessário sequer a sua etiquetagem como OGM (Organismo Geneticamente Modificado), uma vez considerar-se nada se ter encontrado que possa causar preocupação em termos de saúde publica, foi já contestada pelas organizações Vigilance OGM e Ecology Action Centre, não apenas pela ausência de obrigatoriedade de identificação da modificação genética, bem como por considerarem que a mesma ameaça o futuro do salmão selvagem do Atlântico.
As autoridades sanitárias norte-americanas defendem, porém, a esterilidade do salmão geneticamente modificado, não podendo assim reproduzir-se mesmo que se libertassem dos viveiros e regressassem ao seu meio natural, o que é difícil de suceder uma vez a sua criação ser realizada em pisciculturas em terra, uma das quais situada exactamente no Canadá.
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