Investigadores concluem que o degelo tem aumentado nestes últimos anos, sendo que, neste momento, 24% da camada de gelo da Antárctida está instável
Universidade de Leeds

Investigadores do Centro de Observação e Modelagem Polar (CPOM), da Universidade de Leeds, no Reino Unido, combinando 25 anos de dados de satélite da Agência Espacial Europeia e um modelo de clima regional da Antárctida para rastrear alterações, descobriram que a camada de gelo da Antárctida estreitou 122 metros devido ao aquecimento global, nomeadamente, dos oceanos.

Segundo avança o Maritime Executive, estas alterações foram maiores na Antárctida Ocidental. Ainda assim, no total, a Antárctida Ocidental e Oriental, com a perda de gelo, contribuíram em 4,6 milímetros para o aumento do nível global do mar desde 1992. A taxa não é regular ao longo do tempo, mas é visível que nos últimos anos se tem perdido mais gelo do que o habitual, tornando 24% da camada de gelo da Antárctida instável.

O estudo, que utilizou mais de 800 milhões de medições registadas pelas emissões de satélite ERS-1, ERS-2, Envisat e CryoSat-2 entre 1992 e 2017, permitiu fazer a separação de questões que levam a este degelo: por um lado, o padrão do clima com menos neve, e por outro as alterações climáticas que estão a levar ao aquecimento dos oceanos.



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