No passado dia 13 de Maio, a BioMimetx assinou um acordo de 1,6 milhões de euros com a Caixa Capital, Inter Capital e Teak Capital para o financiamento do desenvolvimento do BMX-11, um novo aditivo para tintas marítimas. O financiamento, 69% do qual será assumido pela Caixa Capital e Inter Capital, os investidores iniciais, servirá para optimizar, validar, ajustar e certificar o BMX-11. Quer a empresa, quer os investidores, são todos portugueses.
Ao integrar as tintas marítimas, o novo produto contribuirá para combater a incrustação, ou seja, depósitos que se formam, por exemplo, nos cascos dos navios devido à fixação de substâncias diversas e que favorecem a sua corrosão. Além de ser mais económico do que as soluções actualmente mais usadas no combate à incrustação – baseadas no cobre -, o BMX-11 é mais eficaz do que o cobre e é o primeiro que não provoca danos ao ambiente (ao contrário do cobre, que em excesso provoca danos ambientais).
Segundo apurámos junto de fonte da BioMimetx, o objectivo da empresa é certificar o produto primeiro nos Estados Unidos, junto da United States Environmental Protection Agency (USEPA), e só depois na Europa. Por vários motivos. Além de ser mais barato, é mais rápido e facilita a certificação posterior na Europa pela credibilidade que a certificação norte-americana confere ao produto.
Recorde-se que a BioMimetx, uma spin-off da Faculdade de Ciências, da Faculdade de Medicina Dentária e do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária da Universidade de Lisboa, foi uma das duas equipas participantes no programa de formação COHiTEC em comercialização de tecnologia apoiadas com 100 mil euros pela Caixa Capital em Dezembro de 2014 para apoiar a fase de prova de conceito (durante a qual a equipa da BioMimetx tinha que demostrar que o seu produto era comercialmente viável), entretanto concluída.
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